quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

ANDE A SEGUNDA MILHA

Embora escrita a mais de dois séculos, a frase título deste artigo nunca foi tão apropriada. Ela encerra com muita propriedade a visão que hoje deve nortear o pensamento e a atitude de cada um de nós. Refiro-me não apenas ao contexto original - que deve certamente ser compreendido e observado - mas, principalmente a uma nova postura que precisamos adotar diante da vida. Vamos primeiramente analisar o pensamento de dois grandes homens.
John Minor Richardson Jr. - acadêmico e cientista político americano - apontou que existem três tipos de pessoas: as que fazem as coisas acontecerem, as que observam as coisas acontecerem e as que perguntam o que foi que aconteceu? Percentualmente, as que perguntam o que aconteceu correspondem a 75%; as que observam as coisas acontecerem - 20%; e as que fazem as coisas acontecerem - apenas 5%.
Mahatma Gandhi - grande líder que libertou a Índia do domínio britânico, também classificou sabiamente as pessoas. Embora utilizasse outro enfoque, também identificou três tipos: pessoas pequenas, médias e grandes. Claro que ele não se referiu ao físico, mas ao caráter e ao coração. As pessoas pequenas são aquelas que falam de outras pessoas. Evidentemente, falam mal do próximo, são julgadoras e maledicentes. Não conseguem enxergar além das pessoas. As pessoas médias falam de coisas. Numa conversa discorrem sobre carros, imóveis, trabalho, dinheiro, roupas, computador, esportes, etc. Concentram sua atenção nas coisas que perecem. As pessoas grandes falam de projetos. São construtoras, empreendedoras. Têm ideais elevados e são altruístas. Dedicam-se aos seus objetivos com grande paixão e dedicação. Possuem fala e atitudes inspiradoras.
Semelhantemente, o pensamento de Gandhi segue a mesma proporção de Richardson, ou seja, 75% são pessoas pequenas; 20% são pessoas médias; 5% são pessoas grandes.
Com base nos pensamentos destes dois homens, meditemos... A qual grupo eu pertenço? É bem possível que você já tenha a resposta. Independentemente de qual seja, o objetivo é leva-lo a uma reflexão: Você tem feito diferença? Onde quer que esteja, suas palavras, atitudes e objetivos refletem alguém comprometido com algo realmente importante? Tem dirigido sua vida de modo a alcançar algo que seja valoroso? Lembre-se: seja qual for o seu tesouro, ali estará o seu coração. A essência de um homem se revela em suas atitudes. Podemos decidir que posição tomaremos. Ande a segunda milha. Vá além do convencional. Seja ousado. A pessoa que nunca cometeu um erro é aquela que nunca tentou algo novo. Lute para ser uma pessoa de valor. Faça parte do grupo dos 5%.

MOTIVAÇÃO - ENERGIA PARA O SUCESSO

Todo ser humano tem sonhos. Não os que fluem em nossa mente durante o sono, mas aqueles que desejamos realizar em nossa vida. Muitos sonhos são simples, acessíveis, outros são grandes, distantes e, talvez impossíveis de serem alcançados. Independentemente de sua possibilidade de realização, todos os sonhos requererão de nós uma boa dose de fé e atitude. Fé para que prossigamos firmes e inabaláveis para o alvo e, atitude para que adotemos comportamentos assertivos e constantes que possibilitem a sua realização. Neste sentido, manter o ânimo depende do quanto somos capazes de nos motivar.
Numa definição bastante simples, motivação é o impulso interno que leva o indivíduo a ação. Em geral, as pessoas escolhem, iniciam e mantêm determinadas atitudes motivadas por seus desejos ou necessidades. Isto significa que todos precisam de um motivo para ativar seu comportamento e realizar algo, do contrário não farão.
No ambiente corporativo, muito se discute acerca de motivação. É recorrente a ideia de que as pessoas precisam de motivação para se manterem produtivas. Por isso, as empresas promovem palestras, investem em campanhas de incentivo e oferecem premiações capazes de injetar novo ânimo em suas equipes. Considero tudo isso válido porém, questiono a duração de seus efeitos. Pessoalmente, acredito que ninguém consegue motivar alguém. Normalmente, o que se faz é gerar estímulos externos capazes de incentivar ou induzir as pessoas ao comportamento que se espera delas. Na minha visão, isto tem pouco ou nada a ver com motivação. Acredito que a motivação deve ser algo intrínseco ao indivíduo, que precisa ser gerado dentro de cada um de nós. Não podemos depender de estímulos externos para nos motivar, do contrário, veremos a vida passar. É preciso aprender a se automotivar.
Para tanto, o primeiro passo é se conscientizar de que tudo o que fazemos repercute em nossas próprias vidas. Significa que a situação em que nos encontramos hoje é resultado de tudo o que temos feito. Pode parecer óbvio, mas não é. Muitos atribuem a fatos, crises ou pessoas a culpa pela situação em que se encontram suas vidas. Responsabilizam a família, o governo e a empresa, menos a si mesmos. Esta atitude leva a uma falsa percepção de que são levados pela vida como um barco à deriva. Acabam esquecendo-se da prerrogativa de que podem escolher o que fazer. Não se pode ficar a mercê dos acontecimentos e sim, influir sobre eles e tirar o melhor proveito. Assim, mesmo que estejamos insatisfeitos, não assumiremos uma postura de expectador e sim, de autor de nossa própria vida. Compreender esse princípio nos fará responsáveis por nosso destino.
O segundo passo é valorizar-se a si mesmo e a própria vida. Ninguém com baixa autoestima consegue se motivar. Da mesma forma, aquele que não enxerga melhores perspectivas em sua vida não encontrará ânimo para prosseguir. É preciso entender que, apesar das mágoas, frustrações e decepções, nada muda o nosso valor. Fomos criados com uma grande reserva de dons e talentos para realizarmos grandes coisas. Não podemos deixar que isso permaneça inerte em nosso interior. Mude sua visão. Encare sua vida como uma dádiva que lhe foi concedida para desfrutar e realizar. Levante-se a cada dia com fé e disposição. Faça o melhor que puder. Desperte para a vida. Seus sonhos merecem. Acorde para realizá-los.

PARA UM BOM ANO, UM BOM PLANO

Em tempo de festas de final de ano é salutar nos alegrarmos. Confraternizamo-nos com familiares e amigos, trocamos presentes, agradecemos o ano que se foi e celebramos aquele que se inicia.
Em geral, muitas são as expectativas que todos nós depositamos neste novo ano. Acreditamos sempre que ele será próspero, rico em realizações e esperamos em Deus que as mais ricas e copiosas bênçãos sejam derramadas sobre nós. Mas, independentemente de nossa fé, do que depende o ano bom? No que depender de Deus, Ele fará 100% a sua parte. É a Sua vontade. Porém, no que depender de nós, Ele não moverá um só dedo. É isso mesmo. Temos a nossa parte a fazer. Por isso, nossa fé é imprescindível, mas temos também que aprender a planejar.
O ato de planejar sempre fez parte da história do homem, pois o desejo de transformar sonhos em realidade é inerente a qualquer pessoa. Todos indistintamente buscam crescimento e melhoria em todas as áreas de suas vidas. Daí a necessidade de entender e realizar de fato um planejamento.
Planejar é a arte de elaborar o plano de um processo de mudança. Depende, em primeiro lugar, de uma sincera reflexão que tem por objetivo responder as seguintes perguntas: O que eu realmente quero? Estou disposto a fazer o que for necessário? De quê precisarei para alcançar este propósito? Se tiver todas as respostas, ainda que superficialmente, parabéns! Você já está planejando.
Planejamento é um processo que consiste em estabelecer um conjunto de ações previamente definidas que, coordenadas, permitirão realização de um objetivo futuro. Estas ações devem ser identificadas e programadas, além de levar em consideração todos os recursos necessários para que conduzam a meta esperada. Dessa forma, será possível alcançar um ponto desejado no futuro, atravessando um caminho consistente que potencializará as chances de êxito. Posto isto, restará apenas colocar em prática a disciplina e seguir diligentemente o plano.
Neste novo ano, comemore com alegria e emoção, mas não deposite sua esperança no acaso. Reflita com profundidade suas metas. Mais do que desejar, planeje suas ações de modo que elas o conduzam aos seus objetivos. Há um caminho desconhecido que separa o presente e o futuro. A melhor forma de percorrê-lo é ter um bom plano. Tenha um bom ano.